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Viva o 8 de Março: Dia Internacional da Mulher Proletária

coletivoestudantil

Atualizado: há 1 dia

Na Rússia, em 1917, milhares de mulheres foram às ruas contra a fome e a guerra; a greve delas foi o pontapé inicial para a revolução russa e também deu origem ao Dia Internacional da Mulher
Na Rússia, em 1917, milhares de mulheres foram às ruas contra a fome e a guerra; a greve delas foi o pontapé inicial para a revolução russa e também deu origem ao Dia Internacional da Mulher

O Coletivo Estudantil Filhos do Povo (CEFP), organização estudantil majoritariamente feminina, saúda efusivamente todas as mulheres do povo que carregam sobre seus ombros o peso da quarta montanha e combatem todas as formas de exploração e opressão que o imperialismo as impõem. Seja na escola, universidade, na favela ou no campo, as mulheres do povo se levantam, travando duras e incansáveis lutas contra a grande burguesia e o latifúndio, sustentados pelo imperialismo, que exploram e marginalizam as mulheres duplamente.


Reafirmamos que o 8 de Março é marcado com o selo de classe, logo, não é um dia de celebração de todas as mulheres, como é promovido pelo feminismo burguês ou pelo imperialismo, a festa barata das “mulheres” no geral e em abstrato. Longe da narrativa promovida pelos monopólios de comunicação, essa data tem raiz na luta das mulheres trabalhadoras proletárias contra a exploração imposta pelo capitalismo em sua fase imperialista e decadente.


Sandra Lima, fundadora do Movimento Feminino Popular (MFP), já denunciou as tentativas do feminismo burguês de apagar o caráter de classe do 8 de Março, substituindo sua história revolucionária por uma versão domesticada e inofensiva para o sistema capitalista. Tal tentativa, no entanto, falhou: a luta das mulheres proletárias segue viva e combativa.


Militantes do Movimento Feminino Popular em Minas Gerais.
Militantes do Movimento Feminino Popular em Minas Gerais.

O Verdadeiro Significado do 8 de Março


A origem histórica do Dia Internacional da Mulher Proletária remonta às jornadas revolucionárias que culminaram na Revolução Socialista de Outubro de 1917, na Rússia. No dia 8 de Março daquele ano (23 de fevereiro no antigo calendário juliano), milhares de operárias russas, principalmente do setor têxtil, entraram em greve e marcharam exigindo melhores condições de vida, o fim da fome e a retirada da Rússia da Primeira Guerra Mundial. A revolta popular se intensificou e, dias depois, levou à queda do czarismo, abrindo caminho para a Revolução de Outubro e a construção do primeiro Estado proletário da história.


Manifestação de mulheres russas em 8 de março de 1917, em São Petersburgo
Manifestação de mulheres russas em 8 de março de 1917, em São Petersburgo

A dirigente comunista Alexandra Kollontai descreveu esse momento como o estopim da Revolução Proletária, com mulheres erguidas como protagonistas da luta revolucionária. Essas combatentes enfrentaram repressão brutal, mas foram fundamentais para o avanço da luta de classes, sendo um exemplo vivo da força das massas femininas organizadas.


Saudação às Heroínas do Povo


No dia 8 de Março, reverenciamos as combatentes que dedicaram suas vidas à revolução no Brasil e no mundo. Saudamos a grande dirigente Sandra Lima, as estudantes combatentes Helenira Rezende, Dinalva O. Teixeira (Dina) e demais guerrilheiras do Araguaia e a todas mulheres do nosso povo que enfrentaram e enfrentam audazmente esse sistema de exploração e opressão!

A companheira Sandra Lima, fundadora do Movimento Feminino Popular (MFP) dedicou sua vida à Revolução Brasileira. Foram mais de 40 anos de militância, organizando as massas nos bairros proletários e fábricas, na luta pela moradia, na luta pela terra, junto ao movimento operário e sindical classista.
A companheira Sandra Lima, fundadora do Movimento Feminino Popular (MFP) dedicou sua vida à Revolução Brasileira. Foram mais de 40 anos de militância, organizando as massas nos bairros proletários e fábricas, na luta pela moradia, na luta pela terra, junto ao movimento operário e sindical classista.


Helenira Resende, natural de Cerqueira César (SP) Fundou o grêmio de sua escola. Mais tarde, ingressou no curso de Letras da FFCL-USP, onde se destacou como liderança estudantil e foi eleita presidente do Centro Acadêmico. Posteriormente, passou a integrar o Destacamento A da guerrilha do Araguaia na região norte do país na luta contra o regime militar de 64.
Helenira Resende, natural de Cerqueira César (SP) Fundou o grêmio de sua escola. Mais tarde, ingressou no curso de Letras da FFCL-USP, onde se destacou como liderança estudantil e foi eleita presidente do Centro Acadêmico. Posteriormente, passou a integrar o Destacamento A da guerrilha do Araguaia na região norte do país na luta contra o regime militar de 64.

A mais temida guerrilheira do Araguaia, Dinalva Conceição Oliveira Teixeira, a Dina, era exímia atiradora, tinha excelente preparo físico e ocupou o cargo de vice comandante de destacamento na guerrilha. Os soldados a temiam.
A mais temida guerrilheira do Araguaia, Dinalva Conceição Oliveira Teixeira, a Dina, era exímia atiradora, tinha excelente preparo físico e ocupou o cargo de vice comandante de destacamento na guerrilha. Os soldados a temiam.

No Brasil, saudamos as mulheres de nossa classe: operárias, camponesas, trabalhadoras dos serviços, funcionárias públicas, donas de casa, estudantes, intelectuais e artistas progressistas. Todas elas, das jovens às anciãs, são a força viva da luta popular e da construção de um novo mundo. Nas favelas e periferias, mulheres trabalhadoras resistem à violência policial, ao extermínio da juventude e à retirada de direitos. Essa luta cotidiana, alimentada pelo ódio de classe, pavimenta o caminho para uma situação revolucionária no país.


Exaltamos também as mulheres que hoje lutam nas trincheiras revolucionárias por todo o mundo, e igualmente saudamos as milhares de mulheres do povo que lutam contra a exploração capitalista e contra o latifúndio!


O 8 de Março é dia de luta, de organização e de combatividade revolucionária. Seguimos firmes, levantando a bandeira do proletariado e reafirmando que a emancipação da mulher está diretamente ligada à destruição do velho Estado e à construção de uma Nova Democracia e do Socialismo.


Viva o 8 de Março, Dia Internacional da Mulher Proletária!

Pra mulher se libertar, de toda a opressão, só a luta proletária e a revolução!

Levantar as mulheres do povo para a Revolução!

Terra para quem nela vive e trabalha!



  1. Dica de leitura e estudos para entender mais sobre sobre feminismo burguês e a luta proletária: https://www.marxists.org/portugues/gandhi/2006/correntes/index.htm

 
 
 

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