
O Coletivo Estudantil Filhos do Povo (CEFP), organização estudantil majoritariamente feminina, saúda efusivamente todas as mulheres do povo que carregam sobre seus ombros o peso da quarta montanha e combatem todas as formas de exploração e opressão que o imperialismo as impõem. Seja na escola, universidade, na favela ou no campo, as mulheres do povo se levantam, travando duras e incansáveis lutas contra a grande burguesia e o latifúndio, sustentados pelo imperialismo, que exploram e marginalizam as mulheres duplamente.
Reafirmamos que o 8 de Março é marcado com o selo de classe, logo, não é um dia de celebração de todas as mulheres, como é promovido pelo feminismo burguês ou pelo imperialismo, a festa barata das “mulheres” no geral e em abstrato. Longe da narrativa promovida pelos monopólios de comunicação, essa data tem raiz na luta das mulheres trabalhadoras proletárias contra a exploração imposta pelo capitalismo em sua fase imperialista e decadente.
Sandra Lima, fundadora do Movimento Feminino Popular (MFP), já denunciou as tentativas do feminismo burguês de apagar o caráter de classe do 8 de Março, substituindo sua história revolucionária por uma versão domesticada e inofensiva para o sistema capitalista. Tal tentativa, no entanto, falhou: a luta das mulheres proletárias segue viva e combativa.

O Verdadeiro Significado do 8 de Março
A origem histórica do Dia Internacional da Mulher Proletária remonta às jornadas revolucionárias que culminaram na Revolução Socialista de Outubro de 1917, na Rússia. No dia 8 de Março daquele ano (23 de fevereiro no antigo calendário juliano), milhares de operárias russas, principalmente do setor têxtil, entraram em greve e marcharam exigindo melhores condições de vida, o fim da fome e a retirada da Rússia da Primeira Guerra Mundial. A revolta popular se intensificou e, dias depois, levou à queda do czarismo, abrindo caminho para a Revolução de Outubro e a construção do primeiro Estado proletário da história.

A dirigente comunista Alexandra Kollontai descreveu esse momento como o estopim da Revolução Proletária, com mulheres erguidas como protagonistas da luta revolucionária. Essas combatentes enfrentaram repressão brutal, mas foram fundamentais para o avanço da luta de classes, sendo um exemplo vivo da força das massas femininas organizadas.
Saudação às Heroínas do Povo
No dia 8 de Março, reverenciamos as combatentes que dedicaram suas vidas à revolução no Brasil e no mundo. Saudamos a grande dirigente Sandra Lima, as estudantes combatentes Helenira Rezende, Dinalva O. Teixeira (Dina) e demais guerrilheiras do Araguaia e a todas mulheres do nosso povo que enfrentaram e enfrentam audazmente esse sistema de exploração e opressão!



No Brasil, saudamos as mulheres de nossa classe: operárias, camponesas, trabalhadoras dos serviços, funcionárias públicas, donas de casa, estudantes, intelectuais e artistas progressistas. Todas elas, das jovens às anciãs, são a força viva da luta popular e da construção de um novo mundo. Nas favelas e periferias, mulheres trabalhadoras resistem à violência policial, ao extermínio da juventude e à retirada de direitos. Essa luta cotidiana, alimentada pelo ódio de classe, pavimenta o caminho para uma situação revolucionária no país.
Exaltamos também as mulheres que hoje lutam nas trincheiras revolucionárias por todo o mundo, e igualmente saudamos as milhares de mulheres do povo que lutam contra a exploração capitalista e contra o latifúndio!
O 8 de Março é dia de luta, de organização e de combatividade revolucionária. Seguimos firmes, levantando a bandeira do proletariado e reafirmando que a emancipação da mulher está diretamente ligada à destruição do velho Estado e à construção de uma Nova Democracia e do Socialismo.
Viva o 8 de Março, Dia Internacional da Mulher Proletária!
Pra mulher se libertar, de toda a opressão, só a luta proletária e a revolução!
Levantar as mulheres do povo para a Revolução!
Terra para quem nela vive e trabalha!
Dica de leitura e estudos para entender mais sobre sobre feminismo burguês e a luta proletária: https://www.marxists.org/portugues/gandhi/2006/correntes/index.htm
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