Elevar a solidariedade internacional ao povo palestino!
Dia 09 de maio: comemorar a derrota do nazifascismo em 1945 e repudiar a “solução final” israelense em Rafah!
Os estudantes da UFMA, cansados de ver crianças, mulheres e homens sendo exterminados na Palestina, decidiram promover um acampamento temporário na Universidade Federal do Maranhão contra a invasão à Rafah! Esta cidade, com mais de 1,2 milhões de habitantes, está sendo invadida e bombardeada pelo exército sionista de Israel, que despeja bombas manhã, tarde e noite – totalizando mais de 70 mil toneladas de explosivos, equivalente a 2 bombas atômicas de Hiroshima e Nagasaki.
Nas últimas semanas o mundo tem presenciado um dos mais importantes movimentos internacionalistas, vanguardeado por estudantes, tomar de assalto as principais universidades da América do Norte e Europa. Ao passo que o estado genocida de Israel intensifica seus crimes contra a humanidade, ceifando mais de 35.000 vidas de homens, mulheres e crianças na Faixa de Gaza e Cisjordânia, além de centenas mais no Líbano, Iêmen, Síria e Irã, buscando arrastar toda a região para um conflito generalizado no qual se esconderá debaixo das saias dos Estados Unidos, as massas de todo o mundo elevam seus esforços de solidariedade ao povo palestino e de denúncia ao genocídio perpetrado pelos sionistas.
Com mais de 80% da infraestrutura escolar de Gaza destruída desde outubro de 2023, o que inclui o arrasamento de todas as suas 12 universidades, são os estudantes do mundo que assumem para si a responsabilidade de denunciar o terror sionista: numa imensa demonstração de coragem e abnegação, milhares de estudantes nos EUA e na Europa ocuparam suas universidades, impedindo que estas fossem usadas para transferência de tecnologia, parcerias e para propaganda do estado genocida de Israel. As bandeiras de defesa do povo palestino foram erguidas em Nova Iorque (Columbia e MIT), Los Angeles (UCLA e USC), Austin (Texas University), Boston (Yale, Havard, Stanford, Tuft, Emerson), Providence (Brown), Atlanta (Emory), Chicago (Northwestern University) Washington (George Washington University) e muitas outras; na França, a universidade de Sorbonne e de Lille, em Lyon, também foi tomada por estudantes; na Holanda, a Universidade de Amsterdã permanece ocupada; na Alemanha, uma grande ocupação de estudantes tomou a Universidade Livre de Berlim e a praça em frente ao Reichstag (parlamento alemão), onde um acampamento foi montado por vários dias e, agora, com a mais recente ocupação estudantil na USP, essa onda chegou aqui!
Por mais que mantenha um chamado demagógico pelo cessar-fogo, o governo brasileiro ainda se recusa a romper relações diplomáticas com Israel e mantém vínculos com este Estado pária. Em 29 de abril deste ano, o comando do Exército brasileiro anunciou que a empresa israelense Elbit Systems venceu uma licitação para prover 36 blindados de combate obuseiros para as forças terrestres. Se tratava de um contrato de mais de 1 bilhão de reais que deve ser avalizado pelo presidente da república para poder ser efetivado. Assim, o dinheiro do contribuinte brasileiro, que poderia ser usado para a construção de 120 escolas ou 69 UPAs seria entregue de mãos beijadas para o massacre do povo palestino caso não fosse a pressão estudantil e da opinião pública que fez, no dia 09 de maio, o Exército suspender a assinatura de protocolo para a compra dessas armas israelenses! Viva a politização das massas populares contra genocídio do povo palestino!
Diante desta condição seria um crime e imensa vergonha para o movimento estudantil brasileiro e maranhense não tomar parte na luta internacional em solidariedade ao povo palestino, erguendo-se sobre o exemplo dos milhares de estudantes que destemidamente tomaram suas universidades nos Estados Unidos e na Europa, retomando o histórico caminho combativo da greve de ocupação que tanto orgulho traz às novas gerações de estudantes brasileiros. Convocamos os estudantes, professores, defensores do ensino público e gratuito a tomarem parte desta luta, apoiando e ocupando conosco contra o genocídio do povo palestino, defendendo a politização dos estudantes acerca da luta anti-imperialista e impulsionando as ações da greve de professores e técnicos administrativos em curso, ocupando e ousando defender com unhas e dentes essa causa que é a causa de nosso período histórico.
Do rio ao mar! Palestina Livre Já!
Abaixo o estado genocida e colonial de Israel!
Coletivo Estudantil Filhos do Povo – CEFP
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