CEFP CUMPRE SEU PAPEL NA SOLIDARIEDADE AOS CAMPONESES, INDÍGENAS E QUILOMBOLAS: O OPORTUNISMO SEGUE EM SILÊNCIO CÚMPLICE
- coletivoestudantil
- 17 de fev.
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No dia 13 de fevereiro, durante a solenidade de posse da nova gestão da OAB/MA, marcamos nossa posição com firmeza diante da decisão do Tribunal de Justiça que, atendendo a uma ação movida pela própria OAB/MA, declarou inconstitucional uma das principais funções da Comissão Estadual de Prevenção à Violência no Campo e na Cidade (COECV): sua participação no acompanhamento de decisões de reintegração de posse, garantindo os direitos humanos das comunidades afetadas.
Não nos calamos diante dessa afronta! Em meio a palavras de ordem, distribuímos panfletos e erguemos nossa faixa denunciando: “Vergonha: a OAB virou inimiga dos camponeses, indígenas e quilombolas!”. Essa decisão não é um mero detalhe burocrático, mas um ataque direto aos direitos dos povos do campo, um aval para que a violência – sobretudo a violência policial – se perpetue sem qualquer controle. É sintomático que isso ocorra justamente no Maranhão, um dos estados que lideram os rankings de violência no campo, onde a grilagem de terras, os despejos forçados e os assassinatos de lideranças camponesas seguem sendo uma realidade brutal.
Mas não basta apontar o dedo para a OAB/MA e o Tribunal de Justiça. A conivência e o silêncio também são formas de cumplicidade! E é por isso que denunciamos a omissão de diversas organizações de juventude que, mesmo se autodeclarando comprometidas com a luta, preferiram ignorar esse ataque. Onde estavam aqueles que dizem defender os direitos humanos? Onde estavam os que discursam sobre justiça, mas se acovardam quando o conflito exige mais do que palavras? Esse episódio escancara quem realmente está disposto a lutar e quem apenas se acomoda, seguindo sendo um braço desse velho Estado que massacra o povo pobre e trabalhador.
Mas, no Maranhão, isso não é qualquer novidade, é sabido que quase a unanimidade dos que por aí posam como sendo de "esquerda" e "progressistas" ajudaram e defenderam aquilo que o atual ministro do STF e ex-Governador pelo PCdoB Flávio Dino chamou de "choque de capitalismo no Maranhão". Essa tese nada mais era do que o Estado criar as condições legais e administrativas para o roubo das terras dos camponeses, quilombolas e indígenas pelos novos colonizadores, que agora não são os portugueses, mas os latifundiários grileiros do sul e sudeste do Brasil, que são convidados pelo governo estadual e toda essa canalha de PT, PCdoB e afins para promover a guerra contra o nosso povo. Nunca nos esqueceremos disso.
Enquanto muitos se mantêm omissos, o CEFP reafirma seu compromisso inabalável ao lado dos camponeses, quilombolas, indígenas e de todas as vítimas dessa escalada de repressão. Sabemos que não há conquistas sem luta e que, diante da ofensiva dos poderosos contra os direitos democráticos, não há espaço para hesitação. É preciso aprofundar a mobilização, romper com a passividade e unir forças entre campo e cidade para radicalizar as demandas populares.
Não aceitaremos retrocessos! A resposta a esse ataque deve ser a organização e a resistência. Não deixaremos que o Estado e seus cúmplices imponham sua política de violência sem que enfrentem a força da luta do povo. A história nos ensina que apenas a mobilização combativa transforma a realidade – e é nesse caminho que seguiremos firmes!
Acesse mais informações: https://www.instagram.com/p/DGDxWgFusz4/?igsh=aWNkNW81OXh5bG54
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